Primeiros Cantos, de Gonçalves Dias
Pioneiro do movimento romântico no Brasil, Gonçalves Dias traz em seus cantos e poesias a emoção de um amante, o amor de um cidadão pela sua pátria e a genialidade de um jovem poeta promissor.
Primeiros Cantos reúne as percepções de um autor que revolucionou a poesia de sua época e inspirou aclamados nomes da literatura nacional, entre eles, Manuel Bandeira e Machado de Assis.
SOBRE O AUTOR
Renomado poeta, professor, etnólogo e crítico de história, Antônio Gonçalves Dias nasceu na cidade de Caxias, Maranhão, em 10 de agosto de 1823. Filho do comerciante João Manuel Gonçalves Dias e da mestiça Vicência Ferreira, o jovem iniciou seus estudos em Filosofia, Latim e Francês ainda jovem, além de trabalhar e ajudar na loja do pai. Após a morte de seu genitor, em 1838, Gonçalves Dias ingressou no curso de Direito na Faculdade de Coimbra (Portugal), e foi nesse período de cinco anos que recebeu profunda influência de diversos poetas românticos europeus, entre os quais o alemão Friedrich Schiller e o português António Feliciano de Castilho. O tempo longe de sua pátria aflorou no jovem poeta um profundo sentimento saudosista, dando-lhe a dose certa de inspiração para criar a aclamada composição lírica Canção do Exílio, da qual dois versos seriam posteriormente incluídos na letra do Hino Nacional Brasileiro. Um ano após voltar ao Brasil, Gonçalves Dias conheceu Ana Amélia Ferreira Vale, a jovem que viria a inspirar diversas peças românticas, entre elas, Leviana. No entanto, a união com sua musa inspiradora foi desencorajada pela família da jovem, em vista da ascendência mestiça do autor que, frustrado, casou-se com Olímpia Carolina da Costa, em 1856, no Rio de Janeiro. Durante os anos seguintes, Gonçalves Dias editou seus cantos e poesias enquanto viajava pela Europa e pelo Brasil. Já em 1862 retornou à Europa em busca de tratamento médico por conta de doenças venéreas e outras enfermidades, mas, sem obter sucesso, após dois anos, embarcou rumo ao Maranhão a bordo do navio Ville de Boulogne, cujo naufrágio causaria sua morte, em 3 de novembro de 1864, aos 41 anos.
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